Espaço destinado a postagens de trabalhos acadêmicos da turma 2010.1 Licenciatura em Física do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Campus João Câmara/RN

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Robô atolado em Marte encontra sinais de água no subsolo

O solo onde o robô Spirit atolou no ano passado contém evidência de que água, talvez neve derretida, escorreu para baixo da superfície recentemente, e de forma contínua.
Camadas estratificadas de solo de diferentes composições, encontradas perto da superfície, levaram os cientistas a propor que delgados filmes de água podem ter penetrado o chão, a partir de geadas ou neve. O vazamento pode ter ocorrido durante mudanças climáticas cíclicas nos períodos em que o eixo de Marte se encontrava mais inclinado.
A água pode ter penetrado a areia, carregando minerais solúveis mais para baixo do que os minerais menos solúveis. O eixo marciano varia numa escala de centenas de milhares de anos.
Os minerais relativamente insolúveis acumulados junto à superfície incluem o que se acredita ser hematita, sílica e gípsio. Sulfatos férricos, que são mais solúveis, parecem ter sido dissolvidos e carregados pela água. Nenhum desses minerais aparece exposto na superfície.
'A falta de exposição na superfície indica que a dissolução preferencial de sulfatos férricos deve ser um processo relativamente recente e contínuo, já que o vento tem sistematicamente desbastado o solo e alterado as paisagens na região do Spirit', disse, em nota, o cienyista Ray Arvidson, da Universidade Washington de St. Louis.
Análises dessas descobertas são relatadas na revista Journal of Geophysical Research.
Os 'robôs gêmeos' Spirit e Opportunity chegaram a Marte em janeiro de 2004, para uma missão primária de três meses. Desde abril daquele ano, encontram-se em missões prorrogadas. Uma das seis rodas do Spirit parou de operar em 2006 e, em 2009, as rodas do lado esquerdo do robô quebraram uma crosta de solo rígido e passaram a girar em falso na areia fofa por baixo. Uma segunda roda parou de funcionar sete meses mais tarde.
Os cientistas aproveitaram o período do Spirit no atoleiro para estudar as camadas de solo expostas pelo movimento das rodas.

Fonte: http://estadao.br.msn.com/ciencia/artigo.aspx?cp-documentid=26129575

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